10/10/2012 às 16:21:41 - Atualizado em 10/10/2012 às 16:27:53
Campanha em idioma indígena é lançada
Agência Brasil
O aumento da contaminação com o vírus HIV nas comunidades
indígenas fez com que pela primeira vez uma campanha de conscientização
fosse lançada na língua tikuna, idioma falado por mais de 30 mil
índios no Brasil. Além do tikuna, a segunda edição da campanha Mulheres
e Direitos no Brasil também está disponível em português, inglês e
espanhol e tem como foco a violência e a prevenção ao vírus da Aids.
Um estudo realizado pela Amazonaids, constatou uma taxa de
prevalência de sífilis de 2,3% e de HIV de 0,13% nas comunidades do Alto
Solimões e do Vale do Javari. O levantamento foi feito por iniciativa
das Organizações das Nações Unidas (ONU) e do governo brasileiro e
examinou mais de 20 mil índios dessas regiões.
A Amazonaids
é um grupo gestor que inclui representantes dos governos federal,
estadual do Amazonas, municipais e sociedade civil, incluindo parceiros
como Unicef, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/ Aids
(Uniaids), Fundação Alfredo da Mata, Secretaria Extraordinária dos Povos
Indígenas e Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV.
“Os povos indígenas devem ser cada vez mais objeto de respeito
cultural e pleno exercício do direito à informação em seu próprio
idioma. Materiais educativos sobre HIV também têm sido elaborados pela
Unesco em outros idiomas de povos indígenas do Alto Solimões”, explicou o
representante do Unaids no Brasil, Pedro Chequer.
Também estão na campanha a União Europeia, o Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA) e a ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a
Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres). O material a ser
distribuído em todo o país inclui fôlders e cartazes com informações
sobre os tipos de violência contra a mulher e como denunciá-las. Os
vídeos para TV e spots para rádio foram inspirados em depoimentos reais.
A violência contra a mulher é uma das causas da contaminação pelo
vírus HIV. Ainda segundo os organizadores da campanha, a cada cinco
minutos uma mulher é agredida no país; a cada duas horas, uma mulher é
assassinada. Em 80% dos casos, o agressor é o marido, companheiro ou
namorado.
A embaixadora Ana Paula Zacarias, chefe da delegação da União
Europeia no Brasil, destacou que, desta vez, a maior preocupação foi
desenhar uma campanha que tivesse impacto local, chegando às comunidades
mais afastadas e carentes, ressaltando os aspetos da violência contra
a mulher, como as doenças sexualmente transmissíveis. “Este tipo de
ação conjunta e direcionada se torna imprescindível no âmbito do
combate à violência de gênero", disse.
“É no cotiano da vida das mulheres, dentro das casas , dentro dos
municípios, dentro das comunidades onde a violência é mais brutal , onde
a violência é mais violenta e onde a Lei Maria da Penha ainda não
consegue chegar”, disse a ministra da Secretaria de Política para as
Mulheres, Eleonora Menicucci.
Eleonora disse que há dois meses foram abertas as duas primeiras
delegacias dos direitos das mulheres em áreas de fronteiras e que agora,
o governo tem como meta triplicar as linhas de fronteiras de Norte a
Sul do país e transformar essas delegacias estaduais em federais. “ É
nesse sentido que as delegacias tem um empoderamento maior”, disse a
ministra.
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O índio é um dos maiores símbolos da nossa cultura nacional brasileira, e por isso, merece o direito de informação em seu próprio idioma. A campanha contra a Aids no meio indígena é importante, porque permite que os povos primitivos tenham cuidado e acesso a recursos básicos de proteção à sua saúde, para a preservação de sua identidade natural. Assim também é a campanha contra a agressão da mulher indígena, que mostra aos índios o quanto brutal é essa violência e as consequências terríveis que as mulheres podem vir a sofrer. Essas campanhas são importantes para a conscientização do índio quanto aos problemas que muito se enfrenta atualmente no planeta.
ResponderExcluirFeito por: João Vitor Dantas - 1º ano Ensino Médio